terça-feira, 28 de maio de 2024

A baianidade é fogo

Olhei uma, duas vezes. E estava lá: presente e imponente.

Eu ostentei uma casca de feijão.

Bem entre os dentes da frente, num sorriso que me é caro.

Um jato d'água resolveu e expulsou esse intruso.

Foi até inconveniente olhar pra mim e me ver.

Como é, de fato.

Daí em diante o espelho de um banheiro qualquer, de um boteco único, só refletiu alegria.

E paz.

E uma serena baianidade de quem não nasceu baiano, mas é acarajé.

E fé.

E fogo.

E ar, mar, pasto e grama.

Mesmo a sintética, aquela artificial.

Bem lá, onde foi o primeiro gol.

Aquele, que rompeu.

Atravessou parte do Brasil.

Rompeu barreiras e chegou em vantagem no Barradão.

Foi salvador minúsculo, pra encarar Salvador maiúsculo.

Hoje sofremos em cores, mas fizemos um gol em preto-e-branco.

Júnior, baiano de todos os santos, fechou o passo.

Passo a acreditar na vitória sobre o Vitória como a vitória de uma jornada.

A branca, ímpar, límpida e espiritual baianidade, é Fogo!

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