Olhei uma, duas vezes. E estava lá: presente e imponente.
Eu ostentei uma casca de feijão.
Bem entre os dentes da frente, num sorriso que me é caro.
Um jato d'água resolveu e expulsou esse intruso.
Foi até inconveniente olhar pra mim e me ver.
Como é, de fato.
Daí em diante o espelho de um banheiro qualquer, de um boteco único, só refletiu alegria.
E paz.
E uma serena baianidade de quem não nasceu baiano, mas é acarajé.
E fé.
E fogo.
E ar, mar, pasto e grama.
Mesmo a sintética, aquela artificial.
Bem lá, onde foi o primeiro gol.
Aquele, que rompeu.
Atravessou parte do Brasil.
Rompeu barreiras e chegou em vantagem no Barradão.
Foi salvador minúsculo, pra encarar Salvador maiúsculo.
Hoje sofremos em cores, mas fizemos um gol em preto-e-branco.
Júnior, baiano de todos os santos, fechou o passo.
Passo a acreditar na vitória sobre o Vitória como a vitória de uma jornada.
A branca, ímpar, límpida e espiritual baianidade, é Fogo!
terça-feira, 28 de maio de 2024
A baianidade é fogo
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