Hoje vi professora bailarina
Vibrar em comunidade pobre.
Esperança no olhar de menina,
Poesia na simplicidade nobre.
A poeira poliu ouro; o calor, gelo.
Sutilezas firmes, sonhos eretos.
Contemplação tamanha virou elo,
E derrota de conceitos concretos.
É para ficar, sim, na ponta dos pés.
Aí vem o verde-amarelo animar,
Exorcizar alcaides e seus quartéis.
Ópio do povo é o gol de Neymar.
sexta-feira, 24 de março de 2017
quinta-feira, 23 de março de 2017
Atentado
Empurram esse negócio de modernização,
Batem a carteira e votam com a mesma mão.
Na roça ou na cidade, agora tanto faz;
O dono da caneta lucra cada vez mais.
Posso ser contratado ou temporário,
Sem rosto, dono de número temerário.
Estou em promoção, me vendo barato;
Sou eu, eu mesmo, quem paga o pato.
Se alguém for arguir, que passe longe;
Repita "sim senhor", obediência de monge.
Não, não tem mais espaço para espernear;
Perder tempo em pensar é não trabalhar.
Batem a carteira e votam com a mesma mão.
Na roça ou na cidade, agora tanto faz;
O dono da caneta lucra cada vez mais.
Posso ser contratado ou temporário,
Sem rosto, dono de número temerário.
Estou em promoção, me vendo barato;
Sou eu, eu mesmo, quem paga o pato.
Se alguém for arguir, que passe longe;
Repita "sim senhor", obediência de monge.
Não, não tem mais espaço para espernear;
Perder tempo em pensar é não trabalhar.
segunda-feira, 20 de março de 2017
Lenço de pano
A gente morre e se descobre;
Acorda, corre e desaprende.
O silêncio é rouquidão pobre
De quem não se arrepende.
Vou fazer uma experiência:
Te cantarolar frases avulsas.
Cair de pé não é desistência;
Só depende das escaramuças.
Todo travesseiro guarda histórias;
E no meu suor não tem defeito.
No tabuleiro do tempo há vitórias;
Xeque-mate: você dorme no meu peito.
Acorda, corre e desaprende.
O silêncio é rouquidão pobre
De quem não se arrepende.
Vou fazer uma experiência:
Te cantarolar frases avulsas.
Cair de pé não é desistência;
Só depende das escaramuças.
Todo travesseiro guarda histórias;
E no meu suor não tem defeito.
No tabuleiro do tempo há vitórias;
Xeque-mate: você dorme no meu peito.
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