terça-feira, 18 de agosto de 2020

Descalço

Que vontade de catar o violão,
E sair por aí sem destino certo.
Levando no bolso só o coração,
O passo errante e o riso incerto.

Sem plano, sem roteiro, sem chão,
Sem máscara, sem aço, sem laço.
Beijando o vento na contramão;
Berrando, driblando o cansaço.

Rabiscar na parede, contar história;
Sem cansar, sem querer, sem penar.
Ser amigo do tempo e da memória,
E parar só quando a alma aquietar.

Obs. - Parceria com Marcelo Benjá