sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Canção de quatro letras

Uma canção de quatro letras
Sempre rima com seu sorriso
E a lembrança que ela traz
Decalca o caminho que eu sigo

A estrada é uma grande roda gigante
Aproxima o céu e deixa longe o chão
Numa volta a vida passa num instante
Rastro de afeto na palma da mão

Ainda bem que a gente tem pra guardar
A fotografia que congela o tempo
E ainda um laço pra embrulhar
Um carinho, um abraço, um acalento

Jogando por música

Que tal um Rap sobre o futebol no fim de semana?
Vamos lá, vamos tentar: afinal, foi bem bacana.

Seis times do Rio entraram em campo pelo Brasileirão.
Foram cinco vitórias, um empate e muita, muita emoção.

Perto de voltar à Série A, o Vasco deu mais um passo;
Dois a zero no Joinville e Yago Pikachu fez um golaço.

Num Pacaembu quase lotado, de manhã, deu Flamengo:
Derrotou o Figueirense, com gols de Arão e Diego.

Gustavo Scarpa marcou no Sul para o Fluminense,
Sobre um Grêmio ainda sem técnico e em crise.

O Botafogo foi a Salvador e ganhou no Barradão:
Um a zero sofrido, graças a Sidão e Rodrigo Pimpão.

O Macaé empatou no finzinho do jogo, aos 47,
E continua na Série C na temporada 2017.

O Volta Redonda vai à decisão de um Brasileiro esse ano:
A vaga na final da Série D veio com gol de Dija Baiano.

Sábado e domingo alegres para as torcidas do Rio de Janeiro,
Mas já é segunda e tá na hora de correr atrás de algum dinheiro.

PowerPoint do chef

Todo gaúcho bebe muito chimarrão.
Não tenho provas.
Mas tenho convicção.

Pão só cai com a manteiga para o chão.
Não tenho provas.
Mas tenho convicção.

Macarrão não combina com feijão.
Não tenho provas.
Mas tenho convicção.

Forno é a mesma coisa que fogão.
Não tenho provas.
Mas tenho convicção.

Pensar em comida não engorda, não.
Não tenho provas.
Mas tenho convicção.

Bola pra frente!

Você prefere quem pelado: Paulo Zulu ou Tom Zé?
Talvez a Miss Bumbum correndo na Arena do Grêmio.
Viu que o Eduardo Cunha vai lançar um livro, né?
E o Temer vende o país como se fosse um prêmio...

Enquanto isso o Vasco foi a Goiás e só empatou.
Já a Globo perdeu a batalha pelo "plim plim".
A relação do Ovomaltine com o Bob´s azedou.
E notícias sobre Bonner e Fátima não têm fim.

Os bancários continuam parados, sem trabalhar.
Só no caixa eletrônico pra conseguir um dinheiro.
Meme sobre isso, a gente teve que compartilhar.
Mas hoje é quarta e tem Campeonato Brasileiro!

Sementinha pra Nanã

Deputado Eduardo Cunha é cassado
E "Velho Chico" está perto de acabar.
Torcedor do Flamengo está enjoado
Com o "cheirinho de hepta" no ar.

Na TV, Silvio Santos tira a roupa;
Na rua, Edmundo é parado na Lei Seca.
Dúvida sobre o pagamento preocupa:
E se o parcelamento começa?

Mas pra tudo na vida tem um jeito,
Até nome de disco de Djavan.
Dificuldades, a gente mata no peito
E ainda canta Sementinha pra Nanã.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Jujuba com pipoca

Ainda dá tempo
Do oceano virar poça;
E a montanha, roça.
Do demérito da conquista,
E da simplicidade da perda.

Ainda dá tempo
De morder a língua e rir;
E regravar as digitais.
De erguer castelos na areia,
E até surfar no colchonete.

Ainda dá tempo
Da reza infantil;
De dar ao tempo
O tempo que o
tempo não tem.

Ainda dá tempo
De embrulhar a memória;
E sair por aí, cantando.
De envelhecer tanto,
Até virar criança.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Cândido patrocínio

Acordei domingo de manhã em Goitacazes
Pensando em mil formas eficazes
De fazer você não fugir, não tomar a rua
Então decidi: minha vida tem que ser sua

É tradição do homem da Baixada Campista
Exaltar o aconchego da casa como uma conquista
Ensinar para os filhos o valor da rainha do lar
Mostrar que essa vida é para compartilhar

Ouvi samba de Gamboa, vibrei com o Goytacaz
A gente canta, torce e mostra como se faz
Parei no Gato Preto, fui de Serrinha ao Farol
Passei no Livro Verde, atravessei o Paraíba, vi chuva e sol

Vou ajoelhar e fazer prece a São Salvador
Para sempre ter você comigo, meu amor
Feliz, com saúde ou seja o que for
Minha reza é para te dar o meu calor

terça-feira, 10 de maio de 2016

Um tiro certeiro

Seria mais fácil torcer para outro time? Sim, seria.
Talvez o aristocrático tricolor? Um pouco mais, só.
E adorar a cruz de malta? Também só um tiquinho a mais.
Juntar-se à mulambada, com a prerrogativa da maioria? Sim.

Seria mais fácil ter um time paulista? Sim, seria.
Poderia ser um altivo palestra itália? Claro, ó!
Ou o tricampeão mundial do Morumbi? Demais.
Ser alvinegro santista ou corinthiano? Bom pra mim.

Seria mais fácil adotar Minas ou Rio Grande do Sul? Sim, seria.
Grêmio, Inter, Atlético e Cruzeiro têm Libertadores. Que glória!
Que tal subir ao Nordeste? Mais intrigante e garboso.
Bahia, Vitória, Santa Cruz, Sport, Ceará ou Fortaleza? Pomposo.

Por que não adotar o caminho mais fácil? Porque eu não queria.
Passa pelo brilho sofrido da solitária estrela. Raríssima jóia.
Irracional e apaixonante preto-e-branco. Quê misterioso.
É aura que liga Garrincha a Ribamar. Tu és glorioso!