terça-feira, 13 de outubro de 2015

Sete e quarenta e cinco

Na comunhão dos desastres
Nas desastradas conjunções
Na linguagem silenciosa
No silêncio da amostragem
Da pequena morte
Na sorte serena
Sempre inexistente amor

Na sanha dos talheres
Nas mulheres da manhã
No carinho intacto
No tato do caminho
Da insensatez sóbria
No ébrio cortês
Sempre inexistente amor

Na desfaçatez carnal
Nas amorais matinês
Na sangria sem gota
Na boca sem agonia
Da palidez horizontal
No varal da nudez
Sempre inexistente amor