Ah, como é bom colecionar amores;
Mulher, filhos, pais, dias e cores.
Reprisar a vida e escoar as dores;
Na rispidez implícita, colher flores.
Lógico, faz bem comer e embebedar;
Gargalhar alto do mais forte, expurgar.
Tirar nosso boné, dar gorjeta e beijar;
Não se guiar com o farol, desacelerar.
Um dia bem no gelo, outro mal no fogo;
Decalcar o vaivém, prorrogar esse jogo.
Erguer punhos eretos feito um catálogo;
Gozar muito com dois gols do Botafogo.