terça-feira, 23 de abril de 2024

Quem tem amor

O dia amanheceu azul entre prédios.
Até acho que o céu nos beijou.
Um carinho de Deus para os súditos;
O afago para quem tanto cortejou.

Foram horas, momentos e infinito;
Foi o que a gente quis, até o não dito.
Foram voos planos e nunca rasos;
Todo plano cumprido, sem atrasos.

E o que vem agora, além de frescor?
O que esperar, bem, quando eu for?
Perguntas se misturaram ao redor.
O tempo é de quem tem amor, amor!


segunda-feira, 15 de abril de 2024

Estacionamento

Ando com poesia no carro
Em asas de tempo e vento
Num asfalto eu me esbarro
Trago em mim sentimento

Bebi, morri e vivi
Somos nós em ti
Olhei e te socorri
Não menti, me vi

Caminho com sorte e vida
O anjo que lambe a ferida
Pavimento num olhar único
Um jeito torpe, quase cínico

Bebi e socorri em ti
Te juro que eu morri
Vivi, olhei, não menti
Somos o que eu te vi

terça-feira, 2 de abril de 2024

Fevereiro, dia dois infinito

Eu sou Pousada do Marujo pousado em você...

A Vila Velha renovou Campos e um Rio das Ostras.

Tocou Leoni, tocou Zeca Baleiro... vc me tocou. 

O que seu Édson percebeu, de Belém, foi nosso ar condicionado. 

Nossa temperatura na pele. Nosso engarrafamento entre nós. 

Uma Águia Branca me guiou até sua enxurrada de delicadezas. 

Somos ágeis em perceber que objetos viram personagens.

E que a vida real é envidraçada como o olho azul do seu, do nosso gato Dudu.

E nosso também é o Carone, esse supermercado com aura italiana que te avizinha.

Você tem até, ao lado, a Sagrada Família fã de música sertaneja. 

A gente vê, ouve, ri... A gente é a gente sem limites, distância que seja.

Sei lá se o Papa é Pop.

Eu levei um tiro à queima-roupa quando te vi.

E Humberto Gessinger batizou. 

Então, loira, há curvas na estrada. 

Há isca e anzol entre nós. 

Lado a lado, como as conchas que vc coleciona.

Madrepérola é nosso encontro.

A vida me reservou vc.

E esse presente é pra sempre.

Te amo!

Feliz dois eternos meses.