A dor, por mais terna, tenho que sentir.
No que é do amor, não hei de intervir.
Das recordações tenho com o que ferir.
Sobre o que sobrou desse lastro, não menti.
Não sei, nem nunca soube, quem não ficou.
Se me pedirem para voar, não fui e não vou.
Quando seu sorriso reluziu, não me encontrou.
E se perguntou por mim, silêncio restou.
Agora seu olhar é poeira assentada no mar.
Minha lábia e sua voz, punho cerrado no ar.
A respiração e o armário, vazio sem par.
Na angústia carente do nó na garganta, me deixa ficar.
domingo, 9 de março de 2014
segunda-feira, 3 de março de 2014
A inocente mão trêmula
É, eu sei
Camisa preta sobre pele preta,
Não pode estampar imprecisão.
Cabelo preto sobre pele preta,
Não tem que ser tosado de perdão.
É, eu sei
Camisa branca sob roupa cinza,
Pode ativar justiceiro.
É dedo na ferida que agoniza,
Alimento frágil do carniceiro.
É, eu sei
Gritos, lágrimas e cartazes
Se agrupam em voo solo.
Pressa e imperícia, vorazes,
Deitam sobre o mesmo colo.
É, eu sei
Antes da meia-noite,
É depois das seis.
Antes da meia foice,
É depois de vocês.
Camisa preta sobre pele preta,
Não pode estampar imprecisão.
Cabelo preto sobre pele preta,
Não tem que ser tosado de perdão.
É, eu sei
Camisa branca sob roupa cinza,
Pode ativar justiceiro.
É dedo na ferida que agoniza,
Alimento frágil do carniceiro.
É, eu sei
Gritos, lágrimas e cartazes
Se agrupam em voo solo.
Pressa e imperícia, vorazes,
Deitam sobre o mesmo colo.
É, eu sei
Antes da meia-noite,
É depois das seis.
Antes da meia foice,
É depois de vocês.
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