quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O caminho da lágrima


O que fazer com lágrima que cai do rosto,
Fingir que não vê ou morrer de desgosto?
Deixar escorrer e cair,
Ou secar antes de sair?

O que sentir com lágrima que cai do rosto,
Contrair o peito e saborear seu gosto?
Simplesmente ignorar,
Observar solta para não amargar?

Onde guardar lágrima que cai do rosto,
Pôr inteira na alma ou só dar encosto?
Colecionar aos montes em caixa de lenço,
Aplaudir no palco de um teatro de bolso?

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Geografia


Vamos falar da vida, dos sabores;
Contemplar os dias, saborear amores.
Vamos plantar amizades, distribuir flores.
Colecionar momentos, enxugar dissabores.

Vamos falar em outros idiomas.
Ser estrangeiro, de outras formas.
Aprender com as crianças e os idiotas.
Rir da desgraça, achar graça das tormentas.

Vamos à passarela, modelos.
Construir relações, firmar elos.
Pensar efeitos de mundo paralelo.
E vibrar sóbrio com o verde-amarelo.

O legal da vida vira música.
Os bons encontros, tarde única.
Aquelas doses extras, um retrato.
Registrar em closes permanentes, fato.

O bom da vida é degustar.
Fazer filhos e conseguir criar.
Ter pilhas de vitórias pra comemorar.
E lembrar as derrotas pra não amargar.

O melhor da vida é sorrir.
É tentar sempre e não desistir.
Conversar horas, dias, e não mentir.
Tropeçar, cair, levantar e ter força pra seguir.