quarta-feira, 27 de abril de 2022

Instrumental voador

Quase onze horas da manhã. 
Do quinto andar dá pra ver o reflexo. 
O sol beija a água do mar, com o rio, ao lado, num ciúme rasgado. 
Tipo damas da noite que não têm casa da luz vermelha a abraçá-las. 

O tempo passou e estamos na mesma estrada, meu bem. 
Com ou sem água e quengas, o sol sempre brilhará. 
Não só ele, nesses tempos difíceis. 
Marginal, não! Só estou fumando na escuridão o brilho da noite. 

Viva Celso Blues Boy, quase em carne e osso.
Quem foi que falou que acabou o rock´n´roll? 
De amor vazio, estamos fartos. 
Do hino nacional brasileiro, idem. 

Conhece o caminho?
Sabe usar um canivete?
Então, aumenta que isso aí é rock´n´roll.
Porque chorar não vale mais a pena!

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Bençãos de sábados

Hoje casaram de novo!
Dessa vez ao entardecer.
E foi uma festa do povo
Que mereceu vencer.

Teve um toque divino;
Tipo tabela de calcanhar.
Pode ser Deus argentino?
Sim, ai de quem duvidar.

Gol sem jeito ou pressa,
De oportunismo sem par.
Tá lá, é o que interessa. 
Campeões, vão festejar!

Seven, Eight

Fiz agora minha prece.
Um carinho na alma, né?
Aos olhos, o que merece;
Ao corpo, proteína e café.

Misturo arroz e guaraná.
A camisa é minha pele.
Pratico amor sem parar;
Meu tempo é todo Dele.

Não tem calor, nem frio,
Se a gente é o que é.
Vou ali, enfrentar o vento.
Sou força, família e fé!