Quase onze horas da manhã.
Do quinto andar dá pra ver o reflexo.
O sol beija a água do mar, com o rio, ao lado, num ciúme rasgado.
Tipo damas da noite que não têm casa da luz vermelha a abraçá-las.
O tempo passou e estamos na mesma estrada, meu bem.
Com ou sem água e quengas, o sol sempre brilhará.
Não só ele, nesses tempos difíceis.
Marginal, não! Só estou fumando na escuridão o brilho da noite.
Viva Celso Blues Boy, quase em carne e osso.
Quem foi que falou que acabou o rock´n´roll?
De amor vazio, estamos fartos.
Do hino nacional brasileiro, idem.
Conhece o caminho?
Sabe usar um canivete?
Então, aumenta que isso aí é rock´n´roll.
Porque chorar não vale mais a pena!