José Gilson não tinha redes sociais virtuais.
Porque ainda não existiam? Sim.
Mas, mesmo que houvessem como hoje, não seriam constrangimento.
Com ele a conversa era "olho no olho".
E enxergava longe.
A ponto de confiar a mim a saída e, principalmente o retorno, de João Paulo Arruda ao lar que cuidava com firmeza e leveza se entrelaçando pela curta escada que unia os dois pavimentos.
Ele sabia, sábio, ligar os pontos. Arquitetou, quase silencioso e admiravelmente genial, um castelo afetivo pautado no infinito.
Da escadaria de uma vida intensa e emotiva vem João Paulo Arruda.
José Gilson desce esses degraus juntinho, dentro e fora dele.
Vou encontrar os dois numa noite eterna. Que venham todos os trovões a nos desafiar!
OBS - pequena crônica sobre o lançamento do livro de João Paulo Arruda, em Campos, no dia 09 de fevereiro de 2023: "José Gilson contra o trovão".