terça-feira, 26 de maio de 2020

O diálogo dos talheres

Pequenas tragédias antes das oito
E aquela mania de tentar ser feliz
Na tinta iludida e versátil infinito
Um roteiro escasso do que não fiz

Descarto garfo e faca, prefiro colher
Insensível ao desejo que te assanhe
No tempo vácuo de mar sem maré
Não vi areia ou sorvi champanhe

É só o calor que sussurra na gente
Como um vendedor de versos rubros
Esse impulso de seguir diligente
E sem espinhos dourados nos ombros

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