A dor, por mais terna, tenho que sentir.
No que é do amor, não hei de intervir.
Das recordações tenho com o que ferir.
Sobre o que sobrou desse lastro, não menti.
Não sei, nem nunca soube, quem não ficou.
Se me pedirem para voar, não fui e não vou.
Quando seu sorriso reluziu, não me encontrou.
E se perguntou por mim, silêncio restou.
Agora seu olhar é poeira assentada no mar.
Minha lábia e sua voz, punho cerrado no ar.
A respiração e o armário, vazio sem par.
Na angústia carente do nó na garganta, me deixa ficar.
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