segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Apanhador nacional

Em pleno domingo aparece na televisão:
Carnificina de torcida no Brasileirão.
Entre choros e lamentos,
Não perco meu tempo.
Só penso no cara estendido no chão,
Apanhando mais do que ladrão.
Libertadores ou Série B,
Importa mesmo pra você?

De que lado você vai ficar?
De quem bate até matar,
Ou de quem não aguenta apanhar?

Segurança particular ou polícia militar,
É a pergunta que não quer calar.
Aí eu te pergunto: e as crianças?
Pintaram o estádio com a cor da vingança.
Logo surgiram os discursos e blá, blá, blá;
Pouca sensibilidade pra agir, muita boca pra falar.
E a gente aqui sem poder fazer nada,
Tomando coça nacional em tarde ensolarada.

De que lado você vai ficar?
De quem bate até matar,
Ou de quem não aguenta apanhar?

Essa merda toda é o retrato do país,
É o que acontece, não é o que a gente quis.
Vai ficar na sua zona de conforto?
Ou vai pra rua mostrar o rosto?
Tem muita coisa errada, não dá pra enumerar.
Só responde uma coisa: é assim que vai ficar?
Ano que vem tem eleição, é só um lembrete.
Pense muito bem, seu voto é o porrete.

De que lado você vai ficar?
De quem bate até matar,
Ou de quem não aguenta apanhar?

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