Fui idealizadora do amor, amante do pecado;
Moradora única de um prédio cinza desbotado.
Fiel, sempre fiel, à minha límpida solidão;
A motorista desgovernada do trem sem vagão.
Tomei litros de água, ao invés de cachaça;
Tenho um viço moribundo dentro da carcaça.
Corri léguas, estradas inteiras, e não caí;
Hoje é o que ontem não foi e amanhã não vi.
Não deixei um testamento nobre documentado;
Nem folhas em branco de um papel maltratado.
Se sorri aos remédios, foi a sua impressão;
Dei tchau às agulhas tolas por pura imersão.
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