domingo, 29 de abril de 2012

E nos teclados...


Saudade de registrar seu sorriso
Num momento indeciso.
Lembrança boa do seu andar,
E de me enxergar no seu olhar.

O garçom não chegou?
O relógio parou?
A cerveja esquentou?
A carne esfriou?

Não lamenta.
Não esquenta.
A gente comenta,
E não se contenta.

Você pensa em trabalho,
Eu procuro um atalho.
Não bebe água ou vinho,
Sirvo um drink de carinho.

Se o celular tocar,
Tenta ignorar.
Na métrica ou na literatura,
Pode sanidade e loucura.

Tem sua pele, eu vou;
Tem seu cheiro, chegou.
De noite ou de dia,
Chuva ou ventania.

Desejo ou simpatia,
Silêncio ou energia.
É hora, tenta.
De madrugada, inventa.

Quando o amor é amizade,
A gente se vê de verdade.
E se aumenta a paixão,
Não tem roupa nem razão.