terça-feira, 4 de outubro de 2011

Rita


No olhar marejado carrega a dor;
Na fala apressada, ânsia de amor.
Faz do dia-a-dia, consolação.
No rosto, traços de desilusão.

Chamam-a de Rita e ponto final.
Dona de angústia pendurada no varal.
Criou filhos, solucionou dúvidas.
Lutou sete vidas.

Deu troco no ônibus cheio;
Batalhou, disse a que veio.
Foi mãe, pai e amiga,
Estancou fome e ferida.

Rita é exemplo,
Rita é um templo.
Rita é guerreira,
Nordestina, brasileira.