Numa tribo vibrante e vencedora, havia um suposto líder.
De pouca, ou nenhuma, tendência democrática.
Tinha os olhos quase fechados.
E pior: a visão curta.
A voz, ao contrário da aparência, soava firme.
Era ameaçadora, como dos que não têm argumento.
E era grave, como grave era a sua situação individual.
Tentou liderar isoladamente, excluindo tímidos superiores que a ele diziam amém.
Conquistou vitórias efêmeras.
Desceu mais rápido que subiu.
E sucumbiu a si próprio, afogado na arrogância dos que camuflam a própria fragilidade humana num bafejo de força.
Foi um sopro de tirania.
Foi.
Não fez vento forte.
O céu azul reluziu.
Aglutinou.
E com os guerreiros goytacazes quase ninguém pode.
Campos é deles.
Nosso campo, ou melhor, nosso estádio, sempre foi.
E ai de quem duvidar do ímpeto alvianil.
Não à toa nosso grito é: "Goyta, você é a minha vida; você é a minha história; você é o meu amor".
Quem tem sangue azul não morre na praia.
E não há ditadura, vento ou tempestade que nos impeça de voar.
E de nadar.
E de lutar por dias melhores.
Hoje, 13 de junho, é Dia de Santo Antônio.
Simbólico: esse casamento dos Goytacazes com seu povo é ancestral.
E eterno.
O Goyta voltou para onde nunca deveria ter saído: as mãos de seu povo.
O que virá, agora, é luta.
E dela nunca fugiremos.
Enquanto houver uma alma azul vibrante, o Goyta pulsará.
"Sou Goytacaz até morrer; nosso lema é vencer, vencer".